Mutações: Acetinados
Os primeiros exemplares surgiram em 1968 na Argentina, no Criadouro do Sr. Primitivo Calderon, onde foram denominados ARGENT-INOS.
A mutação acetinado foi fixada em 1969 na França, pelo Sr. Ascheri, que criou pássaros com as mesmas características dos pássaros argentinos. Os pássaros do Sr. Calderon foram furtados no ano seguinte ao do seu aparecimento.
Características
O fator acetinado inibe a melanina negra e reduz a feomelanina marrom. A eumelanina marrom concentrada no centro das penas da ao acetinado um desenho de beleza incomparável, o desenho apresenta uma tonalidade bege.
A principal característica do canário são os olhos vermelhos rubis, ainda apresenta bico, patas e unhas claros.
Acasalamento
Por se tratar de um fator ino, onde as melaninas negras são inibidas, os acetinados “não” devem ser acasalados com os negro-marrons (cobre / verde / azul / ágata), pois deste “cruzamento” obteremos pássaros diluídos que não tem valor para julgamento.
O correto é usar canários de origem marrom (canela / isabelino), desta forma teremos pássaros típicos que atenderão aos padrões estabelecidos para julgamento.
O fator acetinado tem como característica genética de ser sexo-ligado, ou seja, apenas um gen é suficiente para caracterizar o fator,
Técnica actual para intensificar a cor dos canários com factor vermelho
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Canário reprodutor 2009 (Asa Branca)
Canário Vermelho Intenso
A complexidade da arte de intensificar a cor dos canários de factor vermelho por intermédio da alimentação (na qual são administrados diversos caratenoides) gerou e ainda continua ao longo dos anos a provocar grandes polémicas, continuando a ser um tema de discussões entre os criadores.
A utilização dos pigmentos nem sempre dá os resultados que esperamos, tema que mesmo ao nível internacional provoca entre os aficionados grandes paixões e entusiasmo.
Para começar passo a indicar os caratenoides mais utilizados e comercializados:
1) Carofil Pink (astaxantina) -Cor de Rosa
2) Beta Caroteno 10% -Cor de Laranja
3) Cantaxantina 10% (1 gr. contém 100 mg. do produto -Cor Vermelho)
4) Carfil Red (1 gr. contém 100 mg. de Cantanxatina pura -Cor Vermelha)
Em relação aos produtos acima referenciados, uns são solúveis na água (os indicados nos pontos 1 - 2 - 3) ou solúveis na água e na gordura (ponto 4), podendo ser diluído em água fervida, daí a importância da sua utilização em papas húmidas (gordurosas) -exemplo: Biancofior da Chemivit.
Uma boa e eficiente coloração dos nossos jovens canários, feita com rigor e técnica aumenta a sua beleza e tem grande influência nas pontuações a atribuir às aves em exposição, tornando-as mais belas e vistosas, contribuindo para o aumento dos apaixonados pelos canários com factor vermelho; é pois esta a grande razão que escolhi para este fórum este tema, dando a conhecer aos criadores os meus sistemas e a sua aplicação, podendo assim ajudar a melhorar o aspecto exterior dos canários.
1º Método
Os canários são divididos em três grandes grupos:
1º Grupo- Todos os canários de Factor Marfim Vermelho (exemplo: Marfim Vermelho - Topazio Marfim Vermelho Mosaico, etc)
Dosagem: 2 a 3,5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg de papa húmida; 2 a 2,5 grs. de Carofil Red. 4 ou 7 grs. desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida.
A mesma dosagem por cada litro de água depois de fervida à temperatura de 60 graus, que depois é retirada empregando o líquido obtido na proporção de 100 ml/1 litro de água simples.
2º Grupo- Todos os canários com Factor Vermelho Mosaico (exemplo: Ágata Vermelho Mosaico, Vermelho Mosaico, Satiné Vermelho Mosaico).
Dosagem: 3,5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg. de papa húmida; 3,5 grs. de Carofil Red por cada 1 Kg. de papa húmida. 7 grs. total desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida.
A mesma dosagem por cada 1 litro de água fervida à temperatura de 60 graus, que depois é retirada empregando o líquido obtido na proporção de 100 ml por cada litro de água normal ou simples.
3º Grupo- Todos os canários com Factor Vermelho sejam eles intensos ou nevados (exemplo: Vermelho intenso ou Nevado, Negro Vermelho Intenso ou Nevado).
Dosagem: 5 grs. de Xantofil New por cada 1 Kg. de papa húmida; 5 grs. de Carofil Red por cada 1 Kg. de papa húmida. 10 grs. total desta mistura por cada 1 Kg. de papa húmida.
A mesma dosagem por cada litro de água, depois de fervida à temperatura de 60 graus, que posteriormente é retirada utilizando o líquido obtido na proporção de 200 ml por cada 1 litro de água simples ou normal.
Para não restarem dúvidas e para melhor esclarecimento, temos que usar duas garrafas:
-a 1ª contém o líquido que foi fervido nas proporções indicadas (concentrado) que depois é guardado no frigorífico.
-a 2ª garrafa (1 litro de água simples) retiramos da 1ª garrafa a dosagem referida nos grupos 1 - 2 -3 para administrarmos após fazermos a mistura com água normal nos canários consoante as variedades.
Esta mistura é também guardada no frigorífico até esgotarmos a mistura do líquido obtido (exemplo: para colorir um canário Vermelho Mosaico retiramos da 1ª garrafa -líquido mais concentrado- 100 ml para adicionarmos a 1 litro de água normal.
Desta segunda mistura colocamos o líquido nos bebedouros das gaiolas de preferência a ser consumido no próprio dia, tendo o cuidado de o recipiente não estar em contacto directo com os raios solares (excesso de claridade) razão pela qual aconselhamos os criadores, sempre que possível, a manterem as aves de Factor Vermelho na penumbra para conseguirem uma coloração mais forte, brilhante e homogénea.
Como notas finais, não devemos usar águas muito alcalinas ou que contenham muito cloro, pois estas duas situações prejudicam a diluição e conservação dos corantes utilizados.
Quanto à razão da minha preferência pelo Carofil Red em detrimento da Cantanxatina, prende-se por um motivo muito simples:
-o Carofil Red tem o mesmo poder de coloração e eficácia que a Cantaxantina e não provoca tantos efeitos nocivos (a saber: sobrecarrega mais o fígado das aves, provoca a coloração arroxeada -sujeita a penalização nos julgamentos).
2º Método- os canários são agrupados em um único grupo.
Dosagem: 100 grs. de Carofil Red + 50 grs. de Xantofil New; 150 grs. total desta mistura à qual retiramos entre 7,5 grs. a 10 grs. por cada 1 Kg de papa húmida (Biancofiori).
Quanto aos cuidados a ter são idênticos aos anteriormente citados (canários sempre na penumbra) devendo a papa administrada ser de preferência consumida no próprio dia (o corante vai perdendo a sua eficácia em contacto com a claridade).
O método nº1 é para mim o mais eficaz, pois o líquido colocado nos bebedouros obriga a que todos os canários o bebam, enquanto que na papa, por norma, algumas aves rejeitam a comida ou por estarem adoentadas ou pela agressividade das aves mais velhas, como tal não produzindo os efeitos desejados pelo criador (obter aves com um vermelho uniforme e brilhante).
Boas criações e mudas excelentes.
Revista CORA 2004
Arquivo editado em 07/08/2004
Arquivo editado em 07/08/2004
É óbvio que apenas uma boa administração de um criadouro de canários, inegavelmente, não irá evitar o desenvolvimento de epidemias, ou que seja evitado que as aves sejam afetadas por determinadas moléstias; contudo, a absoluta atenção a uma série de detalhes ocorridos no dia-a-dia dentro de um criadouro indubitavelmente irá contribuir para se evitar muitas das moléstias mais comuns. Nesse sentido, a seguir, enumeramos alguns dos principais detalhes, que serão úteis “como lembrete” aos criadores menos experientes (e mais distraídos):
1. Bebedouro sem água, ou água suja;
2. Gaiolas expostas a correntes de ar;
3. Troca brusca de temperatura, interna ou externa;
4. Aves doentes ou aparentemente doentes, e no meio das aves sadias;
5. Verduras velhas ou secas, não lavadas;
6. Verduras ministradas geladas (tiradas da geladeira ou da horta de inverno);
7. Comedouro sujo, cheio de palha ou fezes;
8. Calor ou frio demasiado no ambiente;
9. Gaiolas com as bandejas atulhadas de excrementos e resíduos de alimentos;
10. Total ausência ou excesso de poleiros nas instalações;
11. Poleiros encrostados de excrementos;
12. Instalações com objetos contundentes (fios de arame, ferro ou chapa) expostos;
13. Farinhadas ou pastas alimentares velhas;
14. Aves presas às grades, às bandejas, ou às vasilhas das instalações;
15. Excesso de pó (poeira de terra) no ambiente;
16. Ausência de areia lavada ou farinha de ostras em vasilha especial;
17. Canários oriundos de aquisição recente, juntos com aves do plantel;
18. Excesso de aplicação de desinfetantes e inseticidas
19. Excesso de pessoas estranhas dentro do criadouro;
20. Excessiva movimentação interna das instalações (gaiolas, voadeiras, viveiros, etc., movimentados constantemente);
21. Excesso de aves numa mesma instalação;
22. Protelação na execução de curativos em aves acidentadas; e outros.
2. Gaiolas expostas a correntes de ar;
3. Troca brusca de temperatura, interna ou externa;
4. Aves doentes ou aparentemente doentes, e no meio das aves sadias;
5. Verduras velhas ou secas, não lavadas;
6. Verduras ministradas geladas (tiradas da geladeira ou da horta de inverno);
7. Comedouro sujo, cheio de palha ou fezes;
8. Calor ou frio demasiado no ambiente;
9. Gaiolas com as bandejas atulhadas de excrementos e resíduos de alimentos;
10. Total ausência ou excesso de poleiros nas instalações;
11. Poleiros encrostados de excrementos;
12. Instalações com objetos contundentes (fios de arame, ferro ou chapa) expostos;
13. Farinhadas ou pastas alimentares velhas;
14. Aves presas às grades, às bandejas, ou às vasilhas das instalações;
15. Excesso de pó (poeira de terra) no ambiente;
16. Ausência de areia lavada ou farinha de ostras em vasilha especial;
17. Canários oriundos de aquisição recente, juntos com aves do plantel;
18. Excesso de aplicação de desinfetantes e inseticidas
19. Excesso de pessoas estranhas dentro do criadouro;
20. Excessiva movimentação interna das instalações (gaiolas, voadeiras, viveiros, etc., movimentados constantemente);
21. Excesso de aves numa mesma instalação;
22. Protelação na execução de curativos em aves acidentadas; e outros.
Mais uma época de cria se inicia, e os dissabores vão surgindo na medida em que esperamos os filhotes, sadios dos casais que gostaríamos criar.
Mas nem sempre o que desejamos acontece, então resolvemos listar uma série de problemas mais corriqueira, lembrando sempre que é melhor prevenir do que remediar; consulte um médico veterinário para orientá-lo melhor sobre as doenças que pode existir, ou melhor, aquelas que não queremos ver.
Uma boa higienização ajuda na maioria dos problemas existentes durante a criação.
Durante o período que acontece a criação dos problemas existentes durante a criação desenvolvimento sexual pela mudança da hora-luz do dia, o metabolismo completo das aves é alterado para prover os nutrientes necessários para a formação de óvulos e espermas. Condições de luminosidade insuficiente podem afetar a fertilidade. Temperaturas extremas também afetam a fertilidade, e de forma indireta ao condicionar o consumo alimentar e reproduzir a freqüência de gala.
FERTILIDADE DAS REPRODUTORAS / NASCIMENTO:
A preocupação é sempre o número de filhotes viáveis a partir dos ovos que as fêmeas colocam para chocar. Isso pode significar o êxito e o fracasso de nosso trabalho anual. Esse processo biológico da reprodução é complexo que pode ser afetado por uma fertilidade temporária ou por uma alimentação inadequada ocorrida há três meses.
Essas duvidas fizeram com que elaborássemos um rol de problemas mais comuns durante a criação.
PROBLEMAS
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CAUSAS
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ATITUDES A TOMAR
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1) Ovos claros (inférteis)
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a) Macho não esta pronto
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- Deixar o macho sozinho até cantar forte e solto.
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b) Má nutrição do macho
| - Nutrir os machos separados das fêmeas, e usar uma dose de vitaminas E. | |
c) Problemas de briga com fêmea no acasalamento
| - Colocar lado a lado para namoro, antes do acasalamento. | |
d) Macho não esta pronto ainda
| - Revisar o local onde abrigou o macho; deve ser claro por no mínimo 12 horas. | |
e) Macho muito velho
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- Trocar os mais velhos por novos.
| |
f) Macho estéril
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- Trocar o macho.
| |
g) Tempo de guarda dos ovos antes de por para chocar
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- Não armazenar ovos por mais de 5 dias.
- Observar a umidade e a temperatura relativa de 70%.
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2) Anéis de sangue que indicam morte embrionária.
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a) Temperatura muito alta ou muito baixa
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- Verificar a temperatura ambiente, controlando-a.
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b) Procedimento de má desinfecção
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- Estar borrifando água para desinfecção sobre fêmea e ovos nos 6 primeiros dias é proibido.
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3) Muitos mortos na casca
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a) Ovos armazenados por muito tempo
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- Năo guarda-los por mais de 5 dias.
|
b) Temperatura muito alta ou muito baixa
| - Verificar temperatura ambiente, controlando-a | |
c) Ovos năo virados
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- Verificar se a fêmea sai e volta ao ninho, fazendo movimento de virar os ovos.
| |
d) Nutrição deficiente nas reprodutoras quando a morte ocorre entre 8 a 10 dias de choco.
|
- Especial atenção no estado nutricional das aves em geral, revisando nutrição e alimentação 15 dias antes do acasalamento, como corretivo usar complexos vitamínicos e aminoácidos.
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e) Ventilação deficiente
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- Aumentar a ventilação do local de criação diminuir o número de casais.
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f) Plurosis ou outras doenças infecciosas
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- Revisar a forma de higiene e desinfecção dos pássaros e locais de criação.
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4) Nascimento prematuro ou tardio
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a) Temperatura muito alta
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- Evite a mudança brusca de temperatura se necessário, usar termostato para controle de temperatura.
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5) Filhotes mal formados
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a) Ovos mal chocados, fêmeas deixam esfriar muito os ovos.
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- matenha alimentação farta e de boa qualidade a disposição das fêmeas em choco, tratar primeiro as que estão chocando.
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6) Filhotes com perna aberta
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a) Defeito causado por ninhos muito liso
| - Trocar por ninhos mais rústicos |
7) Filhotes debilitados/pequenos/ofegantes nascimento demorado
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a) Muitos filhotes para uma fêmea tratar
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- Manter de 3 a 4 filhotes por ninho do mesmo tamanho.
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b) Umidade baixa no período de encubação
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- Manter a umidade ao redor de 70%.
| |
c) problemas tóxicos
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- Rever toxinas ingeridas ou usadas no ambiente.
| |
d) Demasiada umidade no ninho ou enfermidade infecciosa
|
- Enviar filhotes para laboratório.
| |
8) Tamanho desigual dos filhotes ao nascer
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a) Fêmea mal nutridas
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- Rever plano de nutrição, usar complexo vitamínico e aminoácidos.
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9) Baixa eclosão e má formação do bico e do esqueleto
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a) Deficiência de vitaminas e ácido fólico
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- Revisar o índice de ácido fólico na alimentação.
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10) Nascimento desigual e mal formação do esqueleto embrionário
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a) Deficiência de vitamina H e do complexo B
|
- Revisar o conteúdo da vitamina H e do complexo B na dieta.
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11) Nascimento distanciado e morte embrionária na 2 semana
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a) Deficiência de vitamina D
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- Revisar o conteúdo da vitamina D na dieta.
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12) Nascimento defeituoso e morte embrionária nos últimos dias
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a) Deficiência de vitamina B12
|
- Revisar o conteúdo da vitamina B12 na dieta.
|
13) Nascimento deficiente
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a) Relação de ácido pantatênico
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- Revisar o conteúdo do ácido Pantatênico da dieta.
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14) Ovos que quebram e cheiram mal
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a) Contaminação dos ovos, fêmeas doentes.
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- Ovos de fêmeas limpas prevêem a contaminação.
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15) Nascimento precoce dos filhotes
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a)Temperatura muito alta no início do choco até sétimo dia e umidade muito alta
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- Reveja as condições do local.
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16) Nascimento tardio dos filhotes
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a) Baixa umidade e temperatura muito alta, variação de temperatura no local do choco.
|
- Reveja as condições do local.
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17) Mal posição do embrião
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a) Alimentação inadequada
|
- Revisar dieta dos adultos.
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18) Filhotes demasiadamente pequenos
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a) Ovos pequenos problemas de nutrição
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- Revisar dieta dos adultos.
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19) Filhotes demasiadamente grandes
|
a) Ovos grandes, problemas de nutrição.
|
- Revisar dieta dos adultos.
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20) Filhotes desidratados
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a) Baixa umidade do ambiente
|
- Revisar umidade do local.
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21) Filhotes que não pedem comida
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a) Dieta de reprodutores, mudança de temperatura brusca e/ou ventilação.
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- Revisar dieta dos adultos e condições do ambiente.
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22) Filhotes defeituosos
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a) Deficiência na nutrição dos reprodutores
|
- Revisar dieta dos adultos e melhorar a parte nutricional.
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23) Dedos torcidos
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a) Deficiência na nutrição dos reprodutores
|
- Revisar dieta dos adultos e melhorar a parte nutricional dos adultos.
|
O Básico na Criação de Canários
1 ANTES DE COMPRAR
1.1 - Um canário corretamente tratado pode atingir a idade
de 10 a 14 anos. Está preparado para se responsabilizar por ele?
1.2 - Pode oferecer ao seu pássaro um lugar fixo em sua
casa? Se ele tiver que ser constantemente mudado, não se sentirá seguro.
1.3 - Tem tempo suficiente para o seu pássaro? Ele tem de
ser alimentado e tratado com
regularidade(TODOS OS DIAS).
1.4 - Tem outros animais domésticos em casa que possam ser
perigosos para o canário ? Um cão pode ser ensinado a não incomodar o pássaro, mas um gato,
por seu lado, só com muita dificuldade o poderá ser.
1.5 - Um canário não canta durante todo o ano com a mesma
intensidade. Por exemplo, na muda das penas ele precisa de todas as suas energias para a
renovação da plumagem. Alguns pássaros também ficam calados sem motivo aparente. Acha que vai
gostar da mesma maneira, mesmo se ele já não cantar?
1.6 - No que respeita à alimentação, um canário pode ficar,
no máximo, dois dias sozinho. O que acontecerá à ave quando você for de férias ou adoecer?
1.7 - Deseja oferecer o pássaro ao seu filho ? Então terá de
lhe explicar o modo correto de tratamento e prestar atenção a isso.
2 O CICLO COMPORTAMENTAL DO PRINCIPIANTE
2.1 CONTACTO
– É a primeira fase, que ocorre entre amigos e em
exposições; nestas oportunidades se dá a apreciação do belo, visual e auditivo, dos canários e surge o encantamento o que
é natural dada a sensibilidade positiva de que são dotadas as pessoas.
Daí, normalmente resulta a aquisição de um casal ou mais.
2.2 EMPOLGAÇÃO
– É a fase seguinte, que vem num crescendo muito forte,
alimentado pela expectativa de realizar, coincide com o período de reprodução e o “novo criador” observa a
preparação do ninho pela fêmea, o macho fornecendo lhe alimentação no bico, a postura, o choco e o nascimento dos filhotes, alguns bons,
outros não, mais isto não importa no momento, a euforia fica por conta do fato apenas. Por pouca que seja a qualidade dos
descendentes, o simples sentimento de “ter conseguido” é bastante para o iniciante. Esta qualidade para ele é uma questão de
aprimoramento, de que se vai cuidar depois.
2.3 CANSAÇO
– verifica se este fenômeno no período da muda de penas, quando a única
coisa que acontece no canaril é que os pássaros enfeiam, o canto cessa e muitas penas terão que ser
varridas. Neste ínterim, falta ao estreante o fator “animação”, pois ele só tem pressa e quer ver logo os resultados, pássaros
bonitos, ativos e canoros, o que culmina apenas após a mocidade das aves. É o período em que a maioria dos criadores jovens acaba
desistindo, indício de que é o momento em que o canaricultor precisa de descanso, gozar férias, viajar, respirar novos ares, etc.
2.4 REINÍCIO
– o canaricultor está dentro de cada um de nós; às vezes
adormece, mas sempre desperta outra vez. E lá se vai nosso amigo em busca de novos casais para recomeçar sua
criação. Até que o estreante aprenda a dar o devido tempo a cada fase, esta agitação será constante, pois, como já dissemos, ele
quer resultados imediatos; aos poucos, porém, ele vai dominando esta intranqüilidade e vai acomodando o lado racional da
atividade à medida em que aprende que as regras da natureza precisam ser respeitadas. Isto o fará tornar-se paciente e observador, levando-o a melhor cuidar de seus canários e, então, começa a colher aqueles resultados antes pretendidos às pressas; ele mesmo,
quando amadurecido, entenderá isto perfeitamente. Paciência, dedicação e perseverança são os requisitos essenciais para o
criador. O contato com as sociedades de canaricultura resulta, sem dúvida, na melhor orientação.
3 VOCÊ QUER COMEÇAR A CRIAR CANÁRIOS?
Revista FPO 2001
Arquivo editado em 26 Ago 2001ORIGEMOs canários são originários do Arquipélago das Canárias. A
maneira como o canário se propagou é muito polêmica pois enquanto uns dizem que foram
contrabandeados outros afirmam que nas exportações só de machos que se faziam na época, seguiram também, por engano, algumas
fêmeas. Hoje o canário é o pássaro mais popular do mundo e a canaricultura atinge um alto grau de desenvolvimento.
3.1 ONDE CRIAR Qualquer local, desde que abrigado de correntes de ar e isento de
umidade. Um cuidado importante: o combate ao mosquito inimigo feroz do canário. Um picada, geralmente
ao redor das unhas, provoca inflamações difíceis de serem curadas e
muitas delas são fatais.
3.2 GAIOLAS E ACESSÓRIOS As com estrados e comedouros externos, além de mais higiênicas,
são mais funcionais e facilitam o trabalho do criador. Nas paredes deve-se usar suporte para pendura-las evitando o contato direto. Os poleiros devem ser de espessura adequada, não permitindo o tocar das unhas na
parte inferior dos mesmos. Banheiras de tamanho grande e comedouros e bebedouros de plástico.
3.3 FORMAÇÃO DO PLANTEL É um item de importância capital, pois de uma boa escolha dos
componentes do plantel mais de 50% dos sucessos de uma criação. Adquira somente pássaros
sadios e dentro do padrão de raças estabelecido pelo clube de Canaricultura. Filie-se a um deles. Peça orientação a seus diretores especule. Não
se deixe iludir por preços baixos. Visite os criadores de reconhecida capacidade e idoneidade.
3.4 ALIMENTAÇÃO Existe um grande número de fórmulas de farinhadas. Escolha a que
lhe parecer mais simples e eficiente. Semente básica é o alpiste com 15% de aveia e 15% de colza.
As verduras são: almeirão, chicória, sempre bem lavadas.
3.5 ACASALAMENTO O período de cria inicia-se em junho. Acasale somente os exemplares sadios. Isso se
conhece pelo comportamento do casal: o macho cantando vigorosamente e a
fêmea batendo as asas ao pular de um poleiro para outro. Realizando o acasalamento e não havendo nenhuma irregularidade, dentro
de mais ou menos 8 dias ela inicia a postura que varia entre 3 a 5 ovos, os quais devem ser retirados diariamente e guardados
em um recipiente com sementes redondas, devendo-se virá-los todos os dias para que a gema não precipite. Coloque um ovo plástico
no ninho e quando o último ovo for posto, geralmente mais azulado que os demais, volte com todos para o ninho permitindo, assim,
que depois de treze dias de choco nasçam todos os filhotes no mesmo dia.
3.6 INCUBAÇÃO Dura, como foi dito acima, 13 dias, sendo que no sétimo dia já
podem ser observados através de um foco de luz os ovos que, se galados, apresentam uma tonalidade opaca.
3.7 NASCIMENTO E ALIMENTAÇÃO DOS FILHOTES Nascidos os filhotes, deve-se retomar cuidado para que não faltar alimento, principalmente farinhada com ovo e a verdura.
3.8 ANILHAMENTO Por volta do sétimo dia devemos anilhar os filhotes. A anilha é
um anel inviolável de alumínio onde estão gravados todos os dados necessários a identificação do
canário. Esses anéis devem ser adquiridos no clube que o criador se filiar.
SEPARAÇÃO Normalmente separam se os filhotes dos pais aos trinta e cinco dias de idade.
3.9 A PREPARAÇÃO DO NINHO 0 ninho, seja de plástico ou de cerâmica, deve ser pulverizado
24 horas antes com BaygonO~ verde, um produto da Bayer (vendido em farmácias).
Você estará tranqüilo por dois meses e protegido de todo inseto
4 MUDADE PENAS
Embora sejam muito resistentes, as penas com o tempo começam a
perder o brilho e desgastar e precisam ser trocadas. A muda é um processo normal na vida das aves, relacionado a
fatores biológicos ligados aos hormônios produzidos pela tireóide. A muda ocorre todos os anos e inicia-se após a época de cria,(não deve permitir que procriem até a
época em que antecede a muda).
Se o pássaro foi bem alimentado irá mudar facilmente e não
passará de 6 a 8 semanas. Nesta época a ave pode perder totalmente as penas ao mesmo tempo, mantendo sempre uma razoável
quantidade para cobrir e proteger o corpo e voar. Se a temperatura estiver elevada muito quente irá antecipar
a muda do canário, mas terminará mais cedo. Em climas moderado e frescos ela atrasa um pouco.
É recomendado fornecer ao pássaro a dieta correta para esta
ocasião, uma alimentação rica em cálcio (osso de ciba), casca de ovo, vegetais, uma mistura de grãos com maior quantidade de óleo
e uma farinhada com ovo. Na água de beber será trocada diariamente
e poderá acrescentar algumas gotas de complexos vitamínicos
que contenha ferro.
Nos adultos a troca de pena: rabo, asas, e demais penas
inicia-se do centro para as extremidades, nas asas a muda ocorre simultaneamente, no corpo ocorre a muda quase por inteiro,
terminando na cabeça.
As penas caem naturalmente e devagar sendo que quase nem se
percebe que o pássaro está na muda; se o pássaro voar com dificuldades, começar a aparecer a pele isto não é normal, e
pode ter sido causado pela má alimentação ou outras causas.
Banhos de sol pela manhã (8 as 9 horas) ajudam bastante na
muda, manter as gaiolas limpas, evitando que o pássaro fique em correntes de ar, fornecer banheiras com água limpa para
banhos.
A MUDA NOS FILHOTES
Os filhotes nascem pelados com uma finíssima plumagem, e aos
poucos vão aparecendo as penas e quando saem do ninho já estão empenados por inteiro. Os filhotes também mudam de pena em
torno do terceiro ao quarto mês de vida, o que chamamos de muda
de ninho, que é, o pássaro apenas muda as penas do peito e
cabeça, as penas das asas e rabo só mudaram no próximo ano.
MUDAS PRECOCES
As mudas precoces são consideradas aquelas em que as penas
são trocadas fora da sua época normal: bruscas mudanças de ambiente, temperatura, sustos, acordar as aves durante o seu
sono e entre outros fatores, são causadores de uma muda precoce. Um pássaro nestas condições é um pássaro triste e sempre esta
encorujado (embolado), o pássaro não canta.
Devemos trata-los muito bem, administrando algumas vitaminas para tal e evitar
o máximo em incomodar as aves.
MUDA DE PENAS
Revista SOBC 98 É importante entendermos esse período que ocorre na vida de
nossos pássaros, já que esse é o período em que as aves ficam mais debilitadas, perdem resistência e energia, por isso convém
aos criadores dar-lhes atenção especial, através de uma boa alimentação e protege-los do frio, em especial evitar as correntes de ar. Com esses
cuidados básicos os pássaros estarão sempre sadios e não terão problemas físicos quando chegar a época da reprodução.
A muda ocorre por um processo normal, diretamente relacionada a fatores biológicos associados aos hormônios produzidos na
tirióide. Ela é necessária porque as penas embora muito resistentes começam a se desgastar com o tempo e acabam sendo
substituídas por penas novas. O processo de muda é sempre posterior ao período de reprodução, mesmo durante a muda os pássaros não
perdem todas as penas ao mesmo tempo, mantendo sempre uma quantidade razoável de penas para protege-los do frio e possibilita-los de voar. A muda das asas, por onde em geral começa o processo, é simultânea, trocando as penas primárias na
seqüência de dentro para fora e as secundárias de fora para dentro. Essa ordem pode variar, com a muda ocorrendo nos dois sentidos ou
na ordem contrário. Com relação as outras penas do corpo elas são trocadas da parte traseira em direção a cabeça e as penas da
cauda são trocadas do centro para as extremidades. Os filhotes na sua maioria nascem praticamente pelados, coberto apenas por uma
finíssima plumagem, mas quando saem do ninho já estão quase que na sua totalidade empenhados. Esses filhotes fazem uma muda
por volta de três ou quatro meses de vida, mas só a muda que ocorre por volta de um ano de idade os deixam com a plumagem de
pássaros adulto.
Lembramos que as penas não nascem na época da muda, caso o
pássaro perca uma pena ou o criador a retire ela será reposta imediatamente. Leonardo Monteiro (juiz OBJO)
5 ADEQUAÇÃO DE ESPAÇO FÍSICO
Diretoria Técnica do 4C Muitos me fazem esta pergunta, quando cria-se com um número reduzido de casais, não têm-se quase problemas de saúde e a média de filhotes por casal é alta, mas quando aumenta-se o número de casais. sem no entanto aumentar o espaço físico
do criadouro têm-se uma infinidade de problemas de saúde e a média de filhotes
cai drasticamente.
Quando o ambiente é impróprio para a criação afeta
diretamente o estado imunológico das aves proporcionando a instalação de doenças.
Um elevado número de pássaros em um espaço pequeno
desequilibra as condições físicas do criadouro, após várias pesquisas chegamos à conclusão que o número ideal para a relação
Espaço Físico X População do Criadouro é de um casal por m³, dessa maneira a aeração do criadouro será satisfatória. pois o ar
não sendo renovado adequadamente apresentará um potencial infeccioso muito grande por conter muitas partículas em suspensão,
gases tóxicos, fungos, germes, vírus e uma deficiência de oxigênio, causando danos muitas vezes irreparáveis à saúde do pássaro.
0 criadouro deve ser instalado de Preferência em um local
amplo com as paredes revestidas de azulejos e piso de cerâmica. o que facilita a limpeza. A janela deve ser ampla e telada (não
usar tela de plástico, cuja malha é muito fina, e que são facilmente obstruídas dificultando a renovação do ar: use tela de metal com malha
de 2,0 mm) uma proporção ideal para o tamanho da janela é de um m² de janela para cada dez m³; de criadouro e estas devem estar
voltadas para o sol nascente. Para ajudar na circulação de ar, podemos colocar respiradouros na parte superior da parede quase
chegando ao teto, essas aberturas que também deverão ser teladas, eliminam o ar quente que por ser mais leve se coloca na
parte de cima.
0 uso de ventiladores não tem nenhum efeito refrescante
sobre os pássaros. Tal efeito só se consegue em animais que possuem glândulas sudoríparas expostas. O corpo dos pássaros,
coberto de penas, não é capaz de se beneficiar disso.
Providencie para que a temperatura do criadouro seja
constante e a umidade relativa do ar deve ser fixa em torno de 70%. Evitar sempre as correntes de ar por serem extremamente
prejudiciais a saúde dos pássaros. Mantenha o criadouro sempre limpo, efetuando desinfecções periódicas no criadouro e nos
equipamentos. Agindo desta forma, os problemas de saúde do plantel serão bastante reduzidos e o ambiente estará propício para o
acasalamento.
6 – ACASALAMENTOS BÁSICOS
Linha clara x Linha clara
Linha escura x Linha escura
Sem fator x Sem fator
Com fator x Com fator
Intenso x Nevado
Mosaico x Mosaico
Diluído x Diluído
Oxidado x Oxidado
COMENTÁRIOS:
Linha Clara: exemplares isentos de melaninas (pigmentos
negros ou marrons) em sua plumagem. Ex: Amarelo, Branco, Vermelho,
etc.
Linha Escura: exemplares que possuem melaninas em sua
plumagem. Ex: Verde, Cobre, Isabelino,etc.
Sem Fator: exemplares isentos de pigmento vermelho na plumagem.
Ex: Amarelo, Branco, Verde, etc.
Com Fator: exemplares que possuem pigmento vermelho na
plumagem. Ex: Vermelho, Cobre, Ágata vermelho, etc.
Intenso: exemplares em que o lipocromo (pigmento amarelo ou
vermelho) se deposita em toda extensão da pena.
Nevado: exemplares em que o lipocromo não se deposita até a
extremidade da pena, formando uma escamação mais clara na
plumagem.
Mosaico: exemplares onde o lipocromo se deposita em regiões
específicas da plumagem, como: máscara facial, ombros, uropígio e
peito.
Diluído: exemplares da linha escura onde a melanina se
encontra em menos quantidade nos desenhos e na envoltura (melanina que
se encontra dispersa na plumagem misturada ao lipocromo).
Ex: Ágata e Isabelino.
Oxidado: exemplares da linha escura onde a melanina se
encontra em expressão máxima nos desenhos e na envoltura. Ex: Verde,
Cobre, Azul e Canela.
7 DICAS PARA SALVAR OS PÉS DOS CANÁRIOS
Wilson Tadeu Munno
A cada dia que passa a tecnologia ornitológica evolui mais e
novas técnicas surgem para que possamos utilizá-las em nosso criadouro.
Fico surpreso em ouvir dos colegas criadores que perdeu um
belo espécime por causa de picadas de insetos ou fungos no pé de seus canários. As vezes no intuito de sanar esta
enfermidade os colegas acabam quando não matando, muito das vezes mutilando seus canários.
A vários anos eu e alguns criadores de São Carlos temos
usado o Iodo Fucsina, (preparado em qualquer farmácia de manipulação) passado com cotonete na lesão e após usa-se uma pomada de nome Tobrex (pomada oftalmologica) repita esta operação por 3 a 4 dias e você verá o resultado.
Este Iodo Fucsina também pode ser usado com sucesso em sarna
de canário, e também nos pés dos mesmos quando estiverem com parasitas.
Tente esta receita e deixe de mutilar ou até mesmo matar
seus canários, boa sorte!
Obs: (Fórmula: Iodo a 2% e Fucsina a 0,2%)
9 PROFILAXIA ANUAL DO CRIADOURO 10 REGISTRO
DO PLANTE, UM DEGRAU PARA A MELHORIA
Artigo editado em 06/04/2002
Revista Pássaro – Portugal
Revista Pássaros – Ano 6 – Nro 29
Qualquer bom criador, ou pelo menos dedicado, tem objetivos
e sonhos, que passam por ter um bom aviário, bom plantel e o mais importante que este seja saudável e produtor de bons
resultados.
Para que estes objetivos sejam atingidos, são necessários
vários requisitos: dedicar muitas horas do seu tempo ao viveiro, investir algum dinheiro (em equipamentos, alimentos, vitaminas,
mão de obra, ou em novas aves), muita dedicação, muita paixão, não olhar
para o lado comercial, etc.
Mas muitas vezes seguindo estes requisitos e outros,
observamos mesmo assim o insucesso.
Muitos criadores, ao colher os insucessos, contabilizam os
prejuízos, e seguem ainda ano após ano, essa atividade inglória.
Quando são questionados, o argumento é de que a avicultura
desportiva é mesmo assim, mais sujeita ao insucesso que a vitórias.
Outros acabam mesmo por abandonar a atividade desiludidos e
frustrados, culpando a sua má sorte ao “mau olhado do vizinho”, pois muitas vezes sentem se enganados, pela sua pouca experiência não ser acompanhada da
melhor forma pelos amigos.
MÊS DOENÇA MEDICAMENTO
Abril Ácaros Ivomec injetável – pingar uma gota na
coxa imediatamente após retirar penas
dessa região, ou Ivomec Puron –
pingar uma gota na região dorsal do
canário
Maio Vermicida Mebendazole Univet ou Vermiaves –
Seguir a bula
Junho Coccidiose Baycoc ou Vetococ – seguir a bula
Trato Digestivo Complexo B – 3 gotas na água durante
7 dias
Julho Esterilidade Vitamina “E” da Avitrin
Ácaros e Piolhos Kill Red – Pulverizar todo ambiente
(paredes e gaiolas) e os canários.
9
Será que estes insucessos não passarão simplesmente por uma organização
mais cuidadosa de seu plantel?
Penso que sim, pois se dedicamos muito do nosso tempo, se
gastamos muito dinheiro, se temos boas aves e não lhes faltamos com nada; falta qualquer coisa que pode ser apenas, a simples
organização escrita do plantel, ou seja os registros de tudo o que se passa durante todo o ano. Aí de certeza vamos encontrar as
explicações para o insucesso ou comprovar o sucesso.
Os registros são importantíssimos, com eles saberemos ao
pormenor as despesas, os rendimentos, as linhagens etc.
Muitas vezes, as aves deixam a postura, os ovos não eclodem,
os filhotes morrem em idades diferentes e por motivos diferentes, não sabemos quem é filho de quem, que produtos usamos neste ou
naquele pássaro etc.
Ficamos perdidos, tentamos várias soluções, sem encontrar a
melhor, resolvemos mudar tudo ou mesmo trocar os progenitores.
Nessa hora esquecemos os bons casais que temos e o quanto
custaram a conseguir. Se houvesse registros confiáveis, com uma análise cuidada e racional poderia-se chegar a possível ou possíveis causas do insucesso ou
problemas surgidos.
Mesmo assim encontramos muitos criadores que dizem ter
casais a produzir 4/5 filhotes por ninhada. Mas se lhe perguntamos, qual a média de filhotes anual por casal ou do plantel, eles
simplesmente não sabem ou atiram com qualquer número.
É possível que até tenham no plantel casais velhos ou
doentes ou mesmo sofrendo de infertilidade, que há muito não põe um ovo sequer, e se põem não eclodem. E quantos casais existirão
que produzem um ou dois filhotes por ninhada?
O que obtém o criador com um plantel assim?
Financeiramente:
prejuízo
Emocionalmente:
frustração
Em relação aos outros criadores: sentimento de inferioridade, e
atrasos devido ao sucesso dos companheiros.
Muitas vezes questionam-se:
“porque é ele que consegue e eu não?”
OS REGISTROS Falamos então dos registros, eles que são elemento fundamental para
o sucesso nas criações, sendo feitos de maneira precisa. São eles que ajudam o criador a ter o
registro correto da trilogia da saúde que levará ao sucesso: alimentação, patrimônio genético e todos os aspectos do ambiente que
circundam os casais e filhotes. Sem anotações não se pode fundamentar qualquer decisão séria e racional.
Serão eles também que nos vão dar o registro preciso das
descendências e linhagens. Os rendimentos por casal e do plantel. Em resumo, com os registros, teremos tudo gravado do que se
passou durante a época.
AS DIFICULDADES Por
incrível que pareça, fazer o registro dum plantel, é uma
atividade muito difícil e ignorada pelos criadores, tendo as seguintes razões ou causas básicas
inter-relacionadas entre si:
preguiça:
descrédito (interrogandose,
se será mesmo uma atividade recompensadora) falta de material ou lugar para as anotações desconhecimento (para muitos a mais previsível)
Assim acontecendo, uma coisa reforça a outra, tornando o
criador incapaz passando a vida a achar que isso não “paga o trabalho”.
Não embarca nessa onda do progresso, porque não pode
raciocinar sobre dados que não tem. Não pensa de maneira cientifica.
Aqueles que convencidos da importância do processo, dominam
a preguiça, ultrapassam as barreiras, e passam a ter meio caminho andado para a eficiência na criação, e os resultados vão ser
o testemunho do sucesso e a recompensa do esforço.
ONDE E O QUE REGISTRAR
Podemos utilizar apenas umas folhas de papel ou um simples
caderno: hoje já existem programas informáticos para o efeito, aqui temos a melhor solução, mas não ao alcance de todos.
O melhor caminho é optar por um dos processos, mais simples
de registrar e consultar.
O que devemos registrar? Essencialmente deve-se anotar os registros básicos numa criação, estes em traços
gerais são: o casal, os filhotes, linhagens, esquemas de cruzamento, manejo
sanitário, despesas com alimentação, equipamentos e outras, e pequenas notas de situações pontuais verificadas.
Cada criador elabora aquela ficha que mais lhe interessa,
pois vários modelos existem.
Devem ser feitas todas as anotações no momento que ocorrem:
a postura, os nascimentos, mortes (a causa provável), a troca de ovos e filhotes de pais, tratamentos individuais etc. Outros
semanalmente ou mensalmente como aquisição de alimento ou equipamento, tratamentos coletivos, medida e cor dos ovos
etc.
CONSULTA E TRABALHO COM OS REGISTROS
10
Em períodos que podem ser semanal, mensal, semestral ou
mesmo anualmente, o criador pode fazer consultas com levantamentos de dados obtendo o balanço da situação. Por essa altura alguns dados interessam sobremaneira: qual o número de filhotes desmamados? qual o número de filhotes nascidos? embriões mortos? número de ovos sem eclodir? qual a média de filhotes por casal? qual o número de casais sem produzir e quais? qual o consumo de alimento por ave? qual o custo de manutenção por casal? o custo por cada filhote? os resultados dos tratamentos?
Todos estes dados obtidos irão facilitar as análises que
identificarão tendências, surpreenderão fatos até mesmo antes de acontecerem e teremos a satisfação do sucesso. Mas como
importância maior, temos o aparecimento de respostas concretas para aquelas questões mais simples: a criação de aves está a correr bem ou não? a criação teve bons resultados ou maus? que modificações há a fazer? o que tem que ser melhorado? Isto em linhas gerais é o que nos permite estabelecer os
níveis mínimos de qualidade e produtividade que desejamos atingir na criação. Sem isto, ficamos a brincar ao “faz de conta”, a
tendência de muitos que deve ser abolida para dar lugar ao criador moderno que tenha um crescente de qualidade no seu plantel ganhando
competitividade no cenário ornitófilo nacional e mundial.
Espero com estas modestas linhas, ter pelo menos alertado os
menos atentos e os mais preguiçosos, para a importância deste tema, fazendo com que se elevem os números de quantidade,
qualidade e competitividade da ornitofilia portuguesa.
A todos um bom ano de criações que agora começa e para
aqueles que vão participar no nosso mundial (que todos esperamos ser um sucesso, eu pelo menos tenho a certeza e sei que vai ser
um orgulho para todos nós Portugueses), a maior sorte do mundo e que atinjam os objetivos pretendidos.
11 AMAS SECAS QUANDO E ONDE USAR?
Sensibilidade e tecnologia. Estes são sem duvida os dois
grandes ingredientes que levam um criador ao sucesso.
Considerando que a nossa atividade é uma arte, resulta
extremamente importante aplicarmos todo o nosso conhecimento junto com uma sensibilidade, para na hora de escolhermos os nossos
reprodutores e formarmos os casais, conseguirmos o maior proveito
possível do material genético disponível, de tal forma que o
produto final seja filhotes de excelente qualidade, a tal ponto de se destacarem na hora dos concursos.
Devemos aliar a nossa sensibilidade, um máximo de
tecnologia, no manejo, instalações, alimentação, etc. de forma a que possamos obter também sucesso na produção e cuidado dos filhotes.
No campo tecnológico em todas as áreas da zootécnica ocorre
avanços verdadeiramente expressivos no que a reprodução se refere.
Uma descoberta por todos conhecida de extremo valor, é a
inseminação artificial, que permite multiplicar incrivelmente a prole de certos exemplares machos de alto valor genético. Desta forma
consegue-se multiplicar muito velozmente as qualidades de um exemplar excepcional. Nós criadores de pássaros ainda não
dispomos de técnicas que permitam essa pratica, mas em várias espécies podemos utilizar a poligamia com os melhores
machos, de forma a obtermos maior quantidade de filhotes dos melhores machos dos nossos planteis.
Uma descoberta mais recente mas não menos interessante, é a
transferencia embrionária, que consiste resumidamente em estimular a ovulação de fêmeas de alto padrão, fecundar esses ovos e
transferir os embriões para "amas secas" de inferior qualidade que terão como única tarefa de criar esses filhotes de alto padrão.
Desta forma, multiplica-se de maneira significativa o número descendentes de fêmeas excepcionais.
Esta tecnologia representa uma ovulação impressionante na
qualidade de planteis, chegando a resultados surpreendentes num período de tempo muito reduzido.
Existe na ornitologia um exemplo típico desta prática, que é
a cria do Diamante de Gold, utilizando Manons como "amassecas".
Em canaricultura, o uso de amas secas permite, da mesma
forma, que a possamos obter maior número de ninhadas daquelas fêmeas que mais nos interessam, desde que se utilizem uma
manejo adequado e cuidadoso.
COMO FAZER UM PLANTEL DE "AMASSECAS"
As "amas secas" devem ser fêmeas de excelente desempenho como criadeiras,
independentemente da sua beleza. Como isto é recomendável que formemos um verdadeiro plantel com as
mesmas, no qual o único critério será o comportamento reprodutivo.
Quando avaliamos o comportamento reprodutivo das amas secas, não nos referimos unicamente ao fato de alimentarem bem os filhotes, mas também a ausência de qualquer desvio
comportamental. Desta forma serão eliminadas as fêmeas que rejeitem o anel, ou arranquem as penas dos filhotes, etc.
Em nosso canaril, iniciamos a experiência a três anos atrás,
com cinco fêmeas sem raças definidas, filhas de um casal de excepcional qualidade reprodutora, que nos foram presenteados por um
criador amigo. Logo no primeiro ano eles tiveram um desempenho formidável como criadeiras e das duas melhores, obtivemos
filhotes para aumentar o número de amas secas para o ano seguinte.
Desta forma, temos sucessivamente aumentado o número de
fêmeas sempre tirando filhotes das melhores "tratadeiras". Resulta extremamente importante quando tiramos filhotes de
amas secas, que utilizemos machos filhos de fêmeas excepcionais
criadeiras,
para passar para os filhos essas qualidades.
O MANEJO Diferentes de outras espécies ( Diamante de Gold, por
exemplo ), no caso específico da cria de canários, temos observado que certos cuidados devem ser tomados, principalmente no que se refere
a evitar o desgaste das fêmeas cujos ovos são retirados para provocar uma nova postura. Quando esta prática é aplicada com
freqüência com a mesma fêmea, ela muitas vezes se mostra desgastada, diminuindo o número de ovos das posturas ou demorando muito
para iniciar uma nova postura. Desta forma, quando retiramos os ovos de uma ninhada, deixamos que ela mesmo crie os filhotes
da próxima, para retirar os ovos da seguinte e assim sucessivamente.
Desta forma, consideramos que um número excessivo de amas
secas, seja contraproducente, diminuindo a produção em termos quantitativos.
Considerando um número razoável de amas secas pode oscilar o
10% do total das fêmeas utilizadas.
O manejo propriamente dito é muito simples. Controlamos a
fertilidade das aves com 10 dias de choco, e transferimos os ovos cheios das fêmeas de maior interesse nesse mesmo dia, retirando o
ninho para que ela "perca o choco", e recolhendo o mesmo, em dois
dias, para reiniciar a postura.
OUTRAS VANTAGENS
Além da possibilidade de obtermos maior prole mais numerosa
de melhores fêmeas do nosso plantel, consideramos que as amas secas, por serem relacionadas pela sua qualidade para tratar
os filhotes, nos oferecem garantia de sucesso no desenvolvimento dos filhos das nossas melhores reprodutoras.
Por outro lado, também utilizando as "amas secas" para testar a fertilidade dos machos do plantel que oferecem
dúvidas. Assim, quando, um macho de qualidade não "enche ovos"
numa ninhada, colocamos o mesmo com uma ama seca para testar novamente a sua fertilidade, sem riscos. Quando o mesmo começa a fecundar
ovos, ele é reintroduzido no plantel.
O tema é interessante, alguns aprovam esta pratica e outros
não. Nós tentamos, aprovamos e esperamos ter contribuindo para que você tire suas próprias conclusões. Boa Sorte !!!
8 Os
cuidados com o pássaro não são caros. Mas já pensou que um
canário poderá custar algum dinheiro, caso necessite de cuidados médicos?
9 Um canário deverá poder voar pela casa uma vez por dia. Qual a
sua atitude se ele fizer alguma sujeira?
10 IMPORTANTE:
tem a certeza de que ninguém na família sofre de qualquer
tipo de alergia relacionada com penas? Caso isso aconteça, não deverá possuir qualquer ave. Em caso de
dúvida, consulte o seu médico, antes da compra.
(Extraído do Novo Guia dos Canários)
12 POR QUE OS FILHOTES MORREM NO NINHO???
Todos os anos uma grande quantidade de filhotes morrem
durante os dez primeiros dias de vida.
L.Bellver
DIAGNÓSTICO:
Colibacilose, Salmonelose, Micose.
Estas bactérias citadas são as causas de inúmeras perdas
toas as temporadas, com subsequentes desconforto e impotência do criador.
Sabemos todos, e inclusive já nos ocorreu em mais de um
ocasião, Ter proporcionado o cruzamento de mais de dez casais de canários e contabilizando no final da temporada nove ou
menos exemplares. Analisando, não se trata de dez casais com problemas de procriação; pode ocorrer talvez de três deles, porém não
na sua totalidade.
Lógico é que se mandarmos investigar as causas, seremos
informado que quase sempre a bactéria Coli ou Salmonela é a causadora, pois vivem constantemente com os pássaros, mesmo que esses
as controlem com suas defesas.
Diante dessa situação, temos nos valido de remédios, livros,
artigos, sem resultado positivo, e, desse modo transcorreu-se a temporada.
Noutras ocasiões e diante a incompetência, recorremos aos
companheiros em criação que nessa temporada lhes tenha sido satisfatória, pedindo-lhes informações e segredos de criação. Nosso amigo, que sempre
pena de nós, nos conta o que sabe e o que vem a saber. Fornece ainda uma ração do seu preparo.
Ensina-nos a receita e visita o local de criação.
Acreditamos que este é um santo remédio e que tudo mudará.
No final de alguns dias tudo continua igual e os próximos nascimentos morrem diante de nossa competência.
Recorremos de novo a outros criadores. Obtemos informações e
testamos todas elas. Uns nos aconselham dar tal medicamento, outros nos sugerem sulfas ou antibióticos, os mais
naturalistas sugerem cenoura ralada misturada. Vamos ao herbário. Compramos germes de trigo, pólen, extrato de algarroba, mel,
proteínas. Variamos todo os sistema, preparamos diversas massas e rações de pintos com leite, cereal de bebê e vitaminas.
Na terceira ninhada competimos com a dona da casa, pois a
cozinha mais se assemelha com um laboratório.
Usamos a moedora de carne para moer sementes de cânhamo.
Enquanto isso fervemos sementes de rabanete que segundo nos disseram são infalíveis. Em um vasilha colocamos de molho
uma medida de sementes negras que também disseram ser maravilhosas e que as fêmeas avançam nelas com muita gula.
Já ia me esquecendo, noutra boca do fogão uma caçarola com água fervendo e três ovos.
A televisão está transmitindo um jogo de futebol. Todos
estão atentos menos aquele que está cuidando dos ovos para que não fervam mais de 9 minutos, pois li em algum lugar, que se passarem
da fervura a gema fica azulada e pode ser indigestos e tóxicos.
Ninguém pode usar a pia porque a verdura tem de fica de
molho com água em solução austica por toda a noite, conforme outro dos segredos vem guardados.
No Domingo, com desculpa de levar os meninos para passear,
vamos ao campo recolher uma ervas chamadas de nabiças com as quais o tio Pepe conseguia dezenas de canários.
Durante a temporada trocamos, várias vezes de mistura.
Algumas vezes com alpiste, outras com aveia e cânhamo em separado.
Parecíamos espiões industriais, pois estamos, como se diz a
sociedade, absorvidos pelo assunto. Desse modo durante anos e anos.
Viramos investigadores, biólogos e veterinários. Lemos tudo,
aprendemos a conhecer fórmulas. Familiarizamo nos com as vitaminas,
proteínas, carbohidratos e minerais. Conhecemos além disso
todos os nomes dos aminoácidos na ponta da língua, o que em nenhum dia conseguimos aprender os nomes dos reis visigodos.
Somos invadidos por toda classe de preparos nacionais e
internacionais. Começamos nós mesmos a preparar as nossas próprias formulas. Ficamos isolados,pois nossos amigos amadores
timbraram pelo caminho do aprendizado e hoje em dia os vemos transformados em pescadores ou catadores de cogumelos.
Nosso caso, Devese
tratar de genética. O que anima a nos empenharmos a fundo
nesse desafio, é tentar reproduzir este fenômeno que se chama criação em cativeiro.
Ah! Já ia me esquecendo do início desse artigo: Por que
morrem os filhotes no ninho???
Descobrir isto causo muitos anos de tentativas frustrantes.
A causa da maioria das mortes é, sem dúvida a falta de água
ou de líquidos para digerir a ração e as massas atuais, na maioria das vezes muito ricas e indigestas, longe estão os tempos em que
os nossos avós criavam de forma natural, com cardo, pão duro amolecido, alpiste e maçãs.
Na primeira semana de vida os filhotes duplicam seu peso a
cada dia, e 75% compõe-se de água.
Os três primeiros dias passam sem incidentes nenhum. No
quarto ou quinto dia os examinamos a tarde. As ninhadas alimentadas.
Que satisfação.
No dia seguinte perderam peso. Encontram-se menores que no dia anterior. Começa o retrocesso. As
gorduras acumuladas em torno da cintura desaparecem rapidamente. A cor se torna
avermelhada.
Pedem insistentes por comida. Não é isso que precisam, mas
sim água. No dia seguinte não tem forças para levantar a cabeça.
A mãe insiste em darlhes
comida, eles não reagem, não podem levantar a cabeça, a
fêmea, ante negativa, se deita sobre eles. Não podendo digerir a comida, também ela adoece de indigestão. O ninho começa a molhar-se, pois os excrementos são líquidos e a fêmea não pode limpálo
. É então quando atacam as bactérias coli e salmonela sem que nada se possa fazer, pois os
filhotes estão muito debilitados, e tudo ocorre no espaço de dois dias.
Esta sintomatologia é evidenciada quando a fêmea salta do
ninho e sua barriga está úmida e suja. Sempre se disse que a fêmea
suava sobre os filhotes e esses morriam, quando na realidade
são os excrementos destes mais a febre e o suor que sujam a barriga da fêmea.
Uma observação lógica de que estes filhotes não estavam
doentes é a seguinte:
Se estivessem contaminados por alguma bactéria, a maioria
haveria de morrer dentro dos ovos ou nos dois dias seguintes ao nascimento.
Quando sempre atribuímos ao azar de bactérias,
responsabilizando-as por todos os males. Se tivéssemos nos preocupado mais com os devidos cuidados dos reprodutores, não existiria a
maioria dos problemas.
Como fornecer líquido aos filhotes?
Fornecendo maçãs, cuscuz, pão umedecido, sementes fervidas e
verduras.
Nos três primeiros dias de vida os filhotes são alimentados
pela mãe com papainhas líquidas e semi digeridas.
A partir do terceiro dia convém dar pela manhã um pedaço
pequeno de maçã, se possível do tamanho de uma noz ou menor. Na ração adicionamos sementes fervidas e umedecidas.
Quando os filhotes depositarem os excrementos na borda do
ninho, já se pode dar maçã a vontade.
Principalmente nas raças de cores modernas, se lhes damos
maçã em excesso a mãe, ou algumas mães, os alimentam quase que exclusivamente de maçã, resultando fezes demasiadamente
líquidas e de difícil limpeza pelas fêmeas e que se pode terminar com a
ninhada.
Este assunto de criar pássaros se pode comparar com os
primeiros meses de vida de um bebê, em que os cuidados de limpeza de fraldas e alimentação suave são primordiais.
O pão úmido ( um pedaço pequeno ) também é interessante. A
verdura, se não se trata de canários timbrados ou de raças resistentes com o cobre é conveniente deixar para Segunda ou terceira
alimentação e fornece-la a partir dos quinze dias e sempre gradualmente.
Finalmente, um sistema inovador de água é o cuscuz. Trata-se do germen de trigo duro separado do grão. Nos países árabes
é usado para preparar um prato típico, o Kibe.
Em canaricultura, pássaros exótico e outros, se emprega o
cuscuz para misturar com ração, trazendo umidade e tornando-as mais apetitosas e acima de tudo conseguindo o aporte de líquido
necessário para a perfeita digestão da comida.
Como preparar o cuscuz?
No caso do prato culinário árabe, não sei. Porém na
avicultura é o seguinte:
Á noite, ou horas antes de preparar a ração, põe-se uma quantidade de cuscuz de molho com o dobro de água. Nesta
água pode acrescentar algumas gotas de complexo vitamínico.
Se usar algum remédio é conveniente não coloca-lo junto com o cuscuz de molho, é sim, coloca-lo no final para que não perca parte de sua eficiência em muitas horas de água.
Se preparar o cuscuz a noite, é conveniente guardá-lo na geladeira para que o calor não o azede.
Resumo de algum conselhos úteis.
1 Não dar alimentação demasiado forte nos primeiros 5 dias.
14
2 Nunca dar misturas de sementes a partir das 6 horas da tarde.
3 Se houver oportunidade, dar a ração de manhã e depois do
almoço. Sempre na quantia exata.
4 Não variar e não acrescentar nenhuma mudança brusca na
alimentação.
5 Não se preocupe em demasia se alguns filhotes não estão
alimentados a noite, pois a natureza é sadia.
6 Se, por exemplo, se tem 10 casais e uma média de seis funcionam,
tudo corre bem. Deixe que eles continuem seu sistema e no final da temporada terá conseguido 60 pássaros. Pode guardar
os outros quatro casais para fazer uma investigação. Não tente fazer alguma mudança em todos os casais porque estes quatro não
funcionam.
7 Não mude os filhotes doentes no último momento para que uma
fêmea sadia, pois dificilmente os salvará. Ela é que pode adoecer,principalmente se é uma fêmea

DICIONARIO DA CANARICULTURA
ALELOS - Genes em que se designam os caracteres
AMOSAICADO - Canário nevado com tendência a apresentar marcação de mosaico
ANEL - Abraçadeira inviolável para controle de criação.
AUTOSSOMAL - Mutação independente do sexo dos indivíduos do casal
AUTOSSOMAL - Mutação independente do sexo dos indivíduos do casal.
AVE PRONTA - Ave apta para iniciar o período de reprodução.
BARBAS - Os filamentos localizados de um e de outro lado do raque das penas
BÁRBULAS - Cada um dos pequenos filamentos laterais das barbas das penas
BASTÕES - Localização das melaninas negra e marrom na plumagem do canário
CANÁRIO BORRADO – Canários com manchas pretas nos lipocromicos e manchas brancas nos melânicos.
CANÁRIO COM FATOR – Canários com lipocromo vermelho.
CANÁRIO NORMAL – Denominado ao canário clássico.
CANÁRIO SIMÉTRICO - São canários malhados bicolores, que possuem desenhos simétricos de vários padrões.
CAROTENO - Pigmento de cor laranja ou vermelha.
CAROTENOIDES - Grupo de pigmentos solúveis em gordura, semelhante ao caroteno, tais pigmentos tem sua cor variando do amarelo ao vermelho.
CATEGORIA - Forma pela qual o lipocromo é distribuído na plumagem.
CLOACA - Orifício comum à reprodução e eliminação de fezes, urina e ovos.
CONSANGÜINIDADE - Parentesco de sangue materno ou paterno.
COR DE FUNDO - Termo utilizado para descrever a presença ou ausência de lipocromo
CROMOSSOMOS - Filamentos encontrados nas células, que carregam os genes, responsáveis pelas informações genéticas de um ser vivo.
CROSSING-OVER – processo da meiose onde os cromossomos se dividem entre si.
DESPIGMENTAÇÃO - Ausência de pequena proporção de certo pigmento
DILUIÇÃO - Forma pela quais as melaninas se apresentam em sua intensidade mínima
DIMORFISMO SEXUAL - São diferenças entre machos e fêmeas, visualizadas com uma simples observação dos pássaros.
DOMINANTE - Pássaro de caracteres dominantes às demais cores de fundo.
DORSO - Parte posterior das costas
ENVOLTURA - Define as melaninas dispersas na plumagem do canário, que não estão presentes nos bastões e estrias.
ENZIMAS - São catalisadores de natureza protéica produzida por células vivas.
EPISTÁCIA - Fenômeno pelo qual, um par de genes impõem suas características, inibindo as características de outros.
ESPÉCIE - Conjunto de indivíduos semelhantes no aspecto morfológico, capazes de se reproduzir, gerando descendentes férteis.
ESTRIAS - Localização das melaninas negra e marrom na plumagem do canário
EUMELANINA - Coloração negra ou marrom que se deposita na plumagem, formando os desenhos (estrias).
EUMELANINA MARROM - Pigmento marrom no centro das penas
EUMELANINA NEGRA - Pigmento preto no centro das penas
FATOR - Elemento que concorre para o resultado de uma mutação.
FATOR AZUL – Grande inibidor de feomelanina sendo o principal responsável pelo brilho dos canários.
FATOR LETAL - Os fatores intenso e branco dominante acasalados entre si, morte de 25% dos embriões.
FAUNA SILVESTRE EXÓTICA - Conjunto de espécies animais silvestres introduzidas em uma área onde não existem naturalmente.
FAUNA SILVESTRE NATIVA - Conjunto de espécies silvestres que ocorrem naturalmente em determinada área
FENÓTIPO - características genéticas observadas externamente em um canário
FEOMELANINA - Pigmento marrom que se depositas nas extremidades das penas
FLANCO - Cada uma das duas regiões abdominais, direita e esquerda.
FOB - Federação Ornitológica Brasileira
GENES - Uma parte de um cromossomo que resulta em certa característica.
GENÓTIPO - Conjunto de genes que contém a informação genética completa para se construir um individuo.
HABITAT - Lugar onde um organismo vive.
HARMONIA - Pontuação atribuída aos quartetos, pelo mínimo de diferenças entre os pássaros.
HETEROZIGOTO - Chamamos ao pássaro totalmente portador de alguma mutação não puro.
HIBRIDAÇÃO - É a introdução de um gene de uma espécie, em outra, através de cruzamentos entre aves diferentes.
HÍBRIDO - Pássaro resultante do cruzamento de espécies distintas. Um exemplo é o cruzamento do canário com o Tarim para obtenção do fator vermelho.
HOMOZIGOTO - Pássaro de genes alelos idênticos, pássaro que não porta nenhuma mutação totalmente puro.
INO - Terminologia aos canários albinos, lutinos e rubinos (canários com olhos vermelho, sem eumelanina negra).
INTENSO - Denominação ao canário com lipocromo amarelo ou vermelho, atingindo toda a extensão das penas.
LINHA CLARA – Grupo de canários Lipocromicos caracteriza-se pela ausência total de melanina.
LINHHA ESCURA – Grupo de canários melânicos caracteriza-se pela presença de melaninas.
LINHAGEM - Conjunto de pássaros com consangüinidade controlada.
LIPOCRÔMICO - Todo exemplar que tenha a subplumagem branca. Para conferir, devemos soprar e observar a parte das penas próximo a pele.
LIPOCROMO - Define a cor amarela ou vermelha dos canários
LIPOCROMO DOURADO - Lipocromo indesejado, na qual a cor amarela aparece como gema de ovo.
LIPOCROMO LAVRADO - Lipocromo indesejado, na qual a cor amarela aparece muito diluída e fosca.
LUTINOS - Canários amarelos de olhos vermelhos
MELÂNICO CLASSICO – Cor básica da linha escura.
MELÂNICOS – Todo exemplar de subplumagem negra, podendo variar desde o bege bem claro até o negro, passando por várias tonalidades de marrom.
MELÂNICOS ADJUNTOS – Exemplares que apresentam alguma mutação.
MOSAICO - É um canário com Dimorfismo sexual onde o depósito de lipocromo é restrito em áreas específicas da plumagem; máscara facial, ombros, uropígio e peito, fêmeas e machos são julgados separadamente
MOSAIQUISMO - Região de localização de lipocromo nos canários mosaicos
MUDA - Época obrigatória de renovação de plumagem.
MUTAÇÃO - Constituição hereditária com aparecimento de caráter inexistente nas gerações anteriores, pode ser ligada ao sexo ou autossomais.
NEVADO - Lipocromo apenas na metade da pena
NÉVOA OU NEVADISMO - Parte branca, da extremidade das penas, dos canários nevados.
OVO CHEIO - Ovo fecundado
OVO CLARO - Ovo que não foi fecundado
OVOSCOPIA - Ato de examinar ovos em fecundação (sétimo dia) para verificar se estão
OXIDAÇÃO - Forma pela quais as melaninas se apresentam em sua intensidade máxima
PASSE-PARTOUT – Canário verde portador de todas as mutações.
PAULISTINHA - Denominação dada ao ágata vermelho mosaico, em função da semelhança de seu desenho dorsal com as listras da bandeira paulista.
PENUGEM - Primeiras penas que surgem de um pássaro.
PIGMENTAÇÃO - Coloração através de substâncias.
PINDORGA - Canário ruim sem origem definida.
QUISTOS - Pela impossibilidade da pena romper a pele e atingir seu desenvolvimento, fazendocom que ela e algumas vizinhas fiquem abaixo da pele, formações de bolas (caroços).
RECESSIVO - É o fator responsável pela ausência absoluta de carotenóide com inibição total do depósito de lipocromo.
REMIGES - Penas grandes das asas.
RETRIZES - Penas grandes da calda.
ROLLER - Canário de canto melodioso clássico, originário da Alemanha, este canário tem canto mais baixo que os demais, tendo como único item para concurso, o canto.
RUBINOS - Canários de plumagem e olhos vermelhos.
SCHIMELL - Manifestação indesejável de nevadismo em algumas regiões da plumagem dos canários. Característica essa que apresenta desvantagem para efeito de concurso.
SÉRIE - Agrupamento de cores quanto às características lipocromicas e melânicas semelhantes.
SEXO-LIGADA - Denominação à transmissão de uma mutação no cromossomo "X", só o macho porta.
SIRINGE - Órgão interno do pássaro responsável pelo canto.
SUBPLUMAGEM - São as penugens constituídas de penas finas, sedosas, rachões mole e barbas soltas.
TETRIZES - Penas que recobrem todo o corpo do canário.
TIPO - Avaliação da quantidade de melanina no canário. Subdivide-se em Eumelanina e Feomelanina (estrias, bico, pés e unhas)
UROPÍGIO - Região do corpo do pássaro, localizado junto à cauda, onde estão localizados o par de glândulas uropígias.
VARIEDADE - È um termo usado na planilha de julgamento, para definir os valores quantitativos e qualitativos do lipocromo.
Principais defeitos do Gloster

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